quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Para além da Janela







Como quem ao mirar o longínquo
Quisesse desvelar os segredos abissais
Do rio que singra para além-mar,
Da janela, a moça lança os olhos para horizontes austrais.

E, assim, ao projetar-se pelo pequeno vão de luz,
Perscrutando na translucidez o mistério que há
Revela-nos com tamanha avidez
Que mais longe se avista quem ousa perder-se
Para só então se encontrar.

Adão Lima de Souza
Do Livro A Vela na Demasia de Vento

Nenhum comentário:

Postar um comentário