Como quem ao mirar o longínquo
Quisesse desvelar os segredos abissais
Do rio que singra para além-mar,
Da janela, a moça lança os olhos para horizontes
austrais.
E, assim, ao projetar-se pelo pequeno vão de luz,
Perscrutando na translucidez o mistério que há
Revela-nos com tamanha avidez
Que mais longe se
avista quem ousa perder-se
Para só então se encontrar.
Adão Lima de Souza
Do Livro A Vela na Demasia de Vento
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