domingo, 19 de janeiro de 2014

A COMUM TRAGÉDIA




Há restos de nós por toda casa:
Da explosão do quarto de dormir,
Tentativas que se chocaram
Acordando a vizinhança,
Pelas ruas  cobertas de estilhaços de sonhos.

Há algo de nós em cada tragédia:
Acusações e desejos convergentes
Que se repelem com violência
Deixando rastros confusos,
Delírios e desejos
Na incoerência transfigurada em saudade.

Há gritos nosso em cada dor:
Como lágrimas que escapam num sorriso cruel
De quem foge da culpa pela a má sorte
Do amor que não aconteceu.


Adão Lima de Souza
Do Livro A Vela na Demasia de Vento

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