domingo, 26 de dezembro de 2010

A fotografia de mundos na lente do poeta


O poeta que vê outro mundo na captura deste pelo olhar da máquina
Subverte a máquina que vê o mesmo mundo na captura deste pelo olhar poético.
Porque o olhar-mundo sob a ótica da resistência
Do poeta-fotógrafo que captura os realismos cristalinos
Num clique-olhar-piscadela,
Como gesto insubmisso da retina poética,
Ante a máquina-mundo que nos olha de soslaio
Contingenciando, sob sua lente cotidiana, múltiplas imagens e cores.
Revela, aos que nada enxergam, cores e imagens doutro demasiado humano mundo
Ao focar ,assim, o cotidiano-imagem com olhos-mente-coração pulsante
Em flashes-raios de luz enigmática de poesia, música, cores,
A fim de descolorir as molduras carcomidas do mundo-máquina,
O poeta explode em paisagens de corpos-almas transcendentes.
E, embriagado pelo pensar-enxergando, em meio à feiúra mecânica,
Desvela os surrealismos fantásticos da retina cotidiana.