quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

E APOIS! - É NATAL! ROU, ROU, ROU!




OS “Eles” querem nos fazer crer que a figura carismática de um velhinho gorducho e bonachão seja o símbolo que melhor representa a festa da natividade. É o caso do Papai Noel, personagem lendário, imortalizado no imaginário popular pelos propagandistas dos “Eles”, em campanhas publicitárias para vender a ideia de que os sentimentos nobres e benfazejos só se traduzem de fato pela troca de bons e caros presentes, estimulando nas pessoas um consumismo desenfreado, pretensamente redentor de nossas faltas morais e, quiçá, imprescindivelmente renovador do Humanismo Cristão entre os homens de boa vontade.

Porém, diferentemente, dá-se com outras pessoas, menos afeitas aos natais de ceia farta, nos quais bugigangas e parafernálias eletrônicas são pouco compartilhadas entre si, mas que, ainda assim, apesar da aflição interminável, e mesmo submetidas a todo tipo de privação, nutrem por seus semelhantes um sentimento de respeito e consideração humana que nem mesmo o desespero conseguiu aniquilar.

Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se a mais alta consideração pelo semelhante, a generosidade, só se manifesta pela reciprocidade dos objetos presenteados, então de fato a Ética talvez seja ainda Cristã, mas o Espírito há muito se tornou Capitalista”. Os Altruístas e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que Natal é tempo de comunhão e, por isso, época de presentear a quem se ama. E, ademais, as lembrancinhas são apenas gestos singelos de externar o amor contido.

E quanto ao cidadão mais comum, aquele cuja morada é o desamparo social e humano, e que, apenas de Jesus espera ainda alguma redenção, um presente que possa suavizar sua condição de miséria e fazê-lo mirar um horizonte futuro que não seja regido unicamente pelo acaso, entenderá ele, algum dia, que o que os vendedores de frivolidades fazem é somente resgatar em nós os mais sublimes sentimentos, estampando nossa gratidão na face de suas parafernálias tecnológicas inúteis? E que quando se fala em comunhão universal, quer-se, todavia, ao mesmo tempo, reafirmar que algebricamente o universo é feito de conjuntos estratificados?
  
É por essas e outras, que os Shoppings Centers se transformaram nas Mesquitas Modernas, acolhendo com potentes sistemas de refrigeração os mais diversos fiéis do consumismo sem propósito, a fim de assegurar, sempre, a crescente Mais Valia dos “Eles”. E enquanto se vai consumindo desenfreadamente, sem se dá conta de quão pesado é a agressão ao meio ambiente, do quão cruel é a exclusão de centenas de pessoas famélicas mundo a fora, uma vez que qualquer celular simplório agrega mais lucro que milho e feijão, o cidadão não se apercebe que numa sociedade de consumo em massa impera a sua total insignificância.

ENTÃO, como se diz por aí: “Dai a Cezar o que é de Cezar, a Deus o que é de Deus, e a quem se ama um presente grande e caro como a incondicionalidade do amor Cristão”. E, assim, quem sabe Cristo se afeiçoe cada vez mais do ser humano? EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”! E VOCÊ?

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