sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

E APOIS! – BRASIL: MOSTRA TUA CARA, QUEM PAGA PRA GENTE FICAR ASSIM?



OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que o Brasil é o melhor país do mundo. Em que pese ser um lugar onde as pessoas não respeitam umas as outras; onde idosos e crianças são maltratados cruelmente; onde os direitos de minorias, constitucionalmente assegurados, são cotidianamente violados por quem tem o dever de protegê-los; onde serviços essenciais como saúde e educação, apesar de caríssimos, são insuficientes e de péssima qualidade; onde ser honesto é ser otário e as Leis penais só são aplicadas para punir negros e pobres, já que os crimes dos “Eles” são tipificados com nomenclaturas grandiloquentes, dulcificantes, e seus agentes beneficiados com penas irrisórias.

E não bastasse isso, a corrupção grassa como um câncer em metástase, corroendo, ainda mais, a débil estrutura econômica, política e social do país, ao tempo em que as Instituições públicas são capitaneadas hereditariamente e as Leis são fabricadas mediante casuísmo eleitoreiro pelo um bando de salafrários que se apropriam de falsos partidos políticos para esvaziarem os cofres públicos e assegurarem o ganho fácil de empresários desonestos com negócios escusos, o futebol e a devassidão carnavalesca.

Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se no Brasil o povo almeja bons políticos governando o país ou fazendo as Leis, mas, reelege indefinidamente os mesmos sacripantas, perpetuando o parasitismo e a iniquidade, então este povo nada tem de inocente, pois não se trata aqui de conveniência pura e simples, mas, sim, de cumplicidade delituosa”. Os Sociólogos e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que a democracia brasileira é ainda muito incipiente, por conseguinte, demandará maior lapso temporal para o povo aprender que votar é diferente de escolher.

E quanto ao eleitor mais esclarecido, o formador de opinião, aquele que teve acesso à educação e informações capazes de conduzir à reflexão pertinente e crítica sobre as relações sociais deterioradas no Brasil, mas que continua a vender seu voto, nunca entenderá ele, que aquele que vende seu voto, segundo o Barão de Itararé, recebe sempre mais do que merece?  E que, quando se fala em democratizar os espaços de decisão na frágil República do Brasil, quer-se, ao mesmo tempo, reafirmar que para a manutenção do status quo dos “Eles”, é imprescindível uma massa despolitizada, alijada das decisões relevantes, porém, crente de que simplesmente votar em um ou outro candidato pré-fabricado pelas velhas oligarquias é pleno exercício de cidadania?

É, por essas e outras, que os “Eles” fizeram da cidadania uma palavra inócua, onde a polícia amedronta tanto quanto a crueldade desesperada de desalmados bandidos, onde quase todos querem estar no poder para praticar os mesmo atos corruptos, e desse modo perpetuam no comando pessoas desonestas. E, ademais, enquanto se é exaltado o orgulho incomparável de se ser brasileiro por sabermos chutar bola e sacolejar a bunda, o cidadão brasileiro alquebrado pela corrupção diária dos pequenos gestos, como sonegar-se a devolver o troco recebido a mais, segue alimentando - oculto sob o manto da ignorância - a esperteza e a malandragem, alcunhadas carinhosamente de “jeitinho brasileiro”, e colaborando, portanto, com o enriquecimento ilícito “Dos Eles”, à custa do suor do trabalho dos que se contentam com políticas assistencialistas eleitoreiras, ineficazes para atenuar o abismo social entre os iguais e “Os iguais”.

ENTÃO, parodiando o saudoso Otávio Mangabeira: “Dizei-me um absurdo e eu direi que no Brasil há um precedente”. Contudo, não será isto suficiente para fazer ruir a crença geral de que o Brasil é mesmo o país do futuro, ainda que, como disse Lévi Strauss, a sociedade brasileira siga caminhando da barbárie direto para decadência, sem nunca passar pela civilização. Entretanto, que venha mais um feliz ano novo velho trazer o devir tão longamente esperado pelo povo brasileiro! EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?

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