Ao bibliotecário
Uirakitan.
A gravidade conduz o corpo até o abismo de si mesmo.
Alguém se atirou à
ausência,
À isenção de suas angústias,
Renunciando a si e ao tempo.
Mergulha, inesperadamente, na incompreensão,
Abrigando-se no entendimento que ninguém mais alcança.
Apenas ele compreende a sua queda
E segue em frente
Sem tristeza nem felicidade
Para um lugar onde não há arrependimentos.
E toda culpa se esvai.
Seu movimento faz congelar o ponteiro dos sonhos.
Adão Lima de Souza
Do Livro: A Vela na Demasia de Vento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário