segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

E APOIS! – SUPERSECRETARIAS: EFICIÊNCIA OU RETROCESSO?

OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que a melhor forma de tornar eficiente a Gestão Pública é, ainda, apostar em práticas superadas de centralização das decisões. É o caso do Município de Petrolina, em que diante da ausência de projetos eficazes à melhoria da prestação de serviços ao cidadão, optou-se por mudanças pontuais na estrutura administrativa do município, criando-se supersecretarias que como resultados práticos trarão apenas a restrição dos espaços decisórios à participação de um número maior de atores sociais.

Diferentemente disso, dá-se, hoje com o pensar mais hodierno sobre os métodos mais eficientes de administração dos negócios públicos. Pois se tem amadurecido o entendimento de que quanto menos centralizado o poder de decisão, maiores são as chances de se atender ao princípio da Eficiência consagrado na Carta Política de 1988. E, assim sendo, busca-se do melhor modo possível consolidar reformas que agreguem cada vez mais pontos de vista diversos e divergentes, procurando-se, portanto, afastar a incidência de medidas prejudiciais ao bom funcionamento das instituições, tomadas por agentes políticos, que ante a superestimação de sua relevância, e em virtude de fiscalização inerte ou inexistente, deixam-se inclinar para o personalismo e o tráfico de influências.

Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se as diretrizes da Ciência Administrativa atualmente primam por um modo de gestão que contempla o compartilhamento de decisões importantes, fragmentando-se o poder – mesmo nas empresas privadas - no maior número de colaboradores possíveis, a fim de tornar a máquina eficiente, então insistir na contramão do razoável e oportuno é, além de erro crasso, evidenciar o desprezo condenável pelos bens da comunidade”. Os doutores em Gestão Pública e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, pela conjuntura política, no que tange ao modo de administrar, para o setor público somente é pertinente importar da iniciativa privada os mecanismos de contenção de despesas e a ganância pelo lucro.

E quanto ao seguimento da população diretamente atingido por essas medidas desarrazoadas e inoportunas, já que áreas importantes como esportes, mobilidade, cultura e a secretaria da mulher foram extintas por serem inexpressivas e desnecessárias no administrar progressista da atual gestão municipal, entenderá, algum dia, que tais decisões possuem o condão de tornar melhor a rotina do dito cidadão comum?  E que, quando se fala em tornar eficiente a máquina pública, quer-se, ao mesmo tempo, reafirmar a tese de que secretário bom é aquele que agrada maior número de cabos eleitorais?

Por essas e outras, é que, no Brasil, eleger-se para um cargo público significa conquistar outorga para agir conforme os ditames da própria consciência, e não no interesse comum coletivo, já que no caso de gestão temerária e nociva ao erário afasta-se o personalismo para dá lugar a generosidade do contribuinte em financiar aventuras egoístas, pois o erro é sempre da prefeitura e nunca do gestor de plantão. E, assim, pela envergadura grandiloquente de medidas improfícuas “Os Eles” mantém o “status Quo” e o desprezo ao bem comum, enquanto se refestela com a condescendência dos gerentes locais.


ENTÃO, como dizia o Marquês de Maricá: “Em política os remédios brandos frequentemente agravam os males ou os tornam incuráveis”. Por outro lado, dizia Weber que há duas maneiras de se fazer política: ou se vive para ela ou se vive dela. Porém, num caso ou noutro, nada se perde em perceber que o mais notável na democracia é a facilidade com que se passa da crônica social para a crônica policial, e vice-versa.  EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?

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