OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER
que a melhor forma de tornar eficiente a Gestão Pública é, ainda, apostar em
práticas superadas de centralização das decisões. É o caso do Município de
Petrolina, em que diante da ausência de projetos eficazes à melhoria da
prestação de serviços ao cidadão, optou-se por mudanças pontuais na estrutura
administrativa do município, criando-se supersecretarias que como resultados
práticos trarão apenas a restrição dos espaços decisórios à participação de um
número maior de atores sociais.
Diferentemente
disso, dá-se, hoje com o pensar mais hodierno sobre os métodos mais eficientes
de administração dos negócios públicos. Pois se tem amadurecido o entendimento
de que quanto menos centralizado o poder de decisão, maiores são as chances de se
atender ao princípio da Eficiência consagrado na Carta Política de 1988. E,
assim sendo, busca-se do melhor modo possível consolidar reformas que agreguem
cada vez mais pontos de vista diversos e divergentes, procurando-se, portanto,
afastar a incidência de medidas prejudiciais ao bom funcionamento das
instituições, tomadas por agentes políticos, que ante a superestimação de sua
relevância, e em virtude de fiscalização inerte ou inexistente, deixam-se
inclinar para o personalismo e o tráfico de influências.
Diante
disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se as diretrizes da Ciência Administrativa
atualmente primam por um modo de gestão que contempla o compartilhamento de
decisões importantes, fragmentando-se o poder – mesmo nas empresas privadas - no
maior número de colaboradores possíveis, a fim de tornar a máquina eficiente,
então insistir na contramão do razoável e oportuno é, além de erro crasso,
evidenciar o desprezo condenável pelos bens da comunidade”. Os doutores em
Gestão Pública e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, pela conjuntura
política, no que tange ao modo de administrar, para o setor público somente é
pertinente importar da iniciativa privada os mecanismos de contenção de
despesas e a ganância pelo lucro.
E
quanto ao seguimento da população diretamente atingido por essas medidas
desarrazoadas e inoportunas, já que áreas importantes como esportes,
mobilidade, cultura e a secretaria da mulher foram extintas por serem
inexpressivas e desnecessárias no administrar progressista da atual gestão
municipal, entenderá, algum dia, que tais decisões possuem o condão de tornar
melhor a rotina do dito cidadão comum? E
que, quando se fala em tornar eficiente a máquina pública, quer-se, ao mesmo
tempo, reafirmar a tese de que secretário bom é aquele que agrada maior número
de cabos eleitorais?
Por
essas e outras, é que, no Brasil, eleger-se para um cargo público significa
conquistar outorga para agir conforme os ditames da própria consciência, e não
no interesse comum coletivo, já que no caso de gestão temerária e nociva ao
erário afasta-se o personalismo para dá lugar a generosidade do contribuinte em
financiar aventuras egoístas, pois o erro é sempre da prefeitura e nunca do gestor
de plantão. E, assim, pela envergadura grandiloquente de medidas improfícuas “Os
Eles” mantém o “status Quo” e o desprezo ao bem comum, enquanto se refestela com
a condescendência dos gerentes locais.
ENTÃO,
como dizia o Marquês de Maricá: “Em política os remédios brandos frequentemente
agravam os males ou os tornam incuráveis”. Por outro lado, dizia Weber que há
duas maneiras de se fazer política: ou se vive para ela ou se vive dela. Porém,
num caso ou noutro, nada se perde em perceber que o mais notável na democracia
é a facilidade com que se passa da crônica social para a crônica policial, e
vice-versa. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”.
E VOCÊ?
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