OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER
que um evento da envergadura da Copa é tudo que o Brasil precisa agora pra
tomar assento na mesa dos que ditam as regras do mundo. Por isso, é
imprescindível sair tudo a contento dos “Eles”, ainda, que para isso se faça
valer a sentença do secretário geral da FIFA de que quanto menos democracia no
país melhor será para a “pelada internacional”. Por conseguinte, a estratégia tem
sido, a todo custo, criminalizar as manifestações populares, a fim de
intensificar e justificar o aumento de medidas repressivas, podendo os
intocáveis senhores da governança, sob a alegação de manter a ordem pública, revogar
direitos ou prender qualquer do povo.
E
tudo isso, contra um povo já subjugado pelas mazelas da política brasileira, alijado
do direito à saúde e à educação e, como se não bastasse, obrigado, agora, a silenciar
diante de mais um desmando. Pois qualquer menção de desagrado de sua parte contra
o “Racha dos Gringos” é logo qualificada de desobediência, vandalismo, desacato
e, portanto, violentamente sufocada pelos obedientes policiais. Isto quando o
sujeito não é brutalmente assassinado ou desaparece misteriosamente como certo
pedreiro carioca. E enquanto isso, vemos aqueles que um dia foram taxados de
terroristas, oportunamente, lançar mão do mesmo expediente sujo para
ressuscitar o antigo regime: perseguição, violência, silêncio e medo.
Diante
disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se a população não pode sequer protestar
contra um “Baba”, devendo acatar qualquer tipo de arbitrariedade e, ainda, passivamente,
aceitar que bilhões sejam gastos com eventos desportivos que só servem para
abarrotar os bolsos de meia dúzia de calhordas, como aconteceu na Alemanha e na
África do Sul, pois foi o povo desses
países quem suportou todo prejuízo, então que diabo de democracia é esta? Que
esquerda é esta que comanda o país com balas, cassetetes e bombas de gás?”. Os Cartolas,
os Apaniguados Políticos e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão
que as manifestações são ilegítimas porque atentam contra a boa imagem do
Brasil no exterior, e por isso, não são salutares à Copa nem à democracia.
E
quanto ao cidadão que assiste passivo o dinheiro de seus impostos se esvaírem
pelo esgoto da corrupção, sem que nunca os malfeitores sejam presos, porque
jamais sofrem nenhum tipo de represália, entenderá algum dia que a obrigação de
ser honesto não se estende a todos, pois, apenas o cidadão trabalhador tem o
dever de obedecer às leis feitas pelos “Os Eles” e não se revoltar? E que
quando se diz que todos são iguais perante a lei, quer-se, todavia, ao mesmo
tempo, afirmar que a Lei não é igual perante todos?
É,
por essas e outras, que sob a proteção de homens armados, “Os Eles”, refestelam-se
na roubalheira impune, dilapidando o erário público numa voracidade incomum. E
a cada grito que a população ensaia contra a corrupção tenebrosa, a polícia a
faz calar. Enfatizando o desprezo que nossos governantes nutrem pelo povo.
Porque, no Brasil, sempre imperou a total “insignificância do cidadão perante o
Estado”. E, concomitante a isso, esperar uma sociedade harmônica e pacífica é,
antes de tudo, permitir que alguns se locupletem com o trabalho sacrossanto de
milhões.
ENTÃO,
como se diz por aí, é muito bom ter cuidado! E quando for às manifestações
contra a Copa do Mundo, leve a autorização da polícia local, carimbada, em duas
vias, com todos os dados aptos a lhe identificar de pronto, sem a necessidade
de uma segunda cacetada. Para que, dos camarotes luxuosos pagos com seu
dinheiro, os ingleses possam vê que “Somos brasileiros com muito orgulho, com
muito amor” EU
É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”!
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