segunda-feira, 24 de março de 2014

E APOIS! - MAIS MÉDICOS: MAIS SAÚDE OU MAIS VOTOS?

OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que é desarrazoado se opor a programas claramente eleitoreiros como o “Mais Médicos”, pois são  medidas inestimáveis para fazer submergir do estado de coma  em que se encontra a saúde pública no Brasil. E que tal atitude é própria daqueles que torcem pelo quanto pior melhor, já que não se conformam com os extraordinários avanços ocorridos na última década em áreas prioritárias como educação e saúde, É o caso da postura dos médicos estrangeiros , a exemplo dos cubanos, que submetidos às más condições de trabalho e remuneração , ao fugirem, denunciam  o total descaso do governo em relação à saúde, e, por isso, são criminalizados. 

E, a fim de manter a aparência do programa tão amplamente alardeado como redentor  das mazelas e do descaso da saúde, o governo, a título de medida preventiva , como tem sido pontual em bravatas e paliativos improfícuos, sinaliza, agora, com perseguição policial àqueles que se ausentarem do trabalho por mais de 48 horas, transformando a saúde pública em negócio de polícia, e os médicos cubanos, que só querem viver nos padrões mínimos de conforto que a sociedade brasileira goza, são agora taxados de bandidos dignos dessa perseguição, pretendendo, com isso, assegurar tratamento melhor aos usuários do SUS.

Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se a ausência ao trabalho agora justifica perseguição policial, então, talvez fosse mais eficiente à vigilância obrigar logo os médicos cubanos a usarem tornozeleiras eletrônicas, deixando claro que a distância entre médico e bandido é somente a nacionalidade”. Os humanistas de plantão e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, sendo bem mais relevante o cuidado com a saúde da população, relativizar o direito á liberdade de alguns cubanos é menos prejudicial e atende a ponderação dos princípios constitucionais, quando em rota de colisão.

E quanto ao cidadão relegado ao descaso completo pelas autoridades , padecendo em macas sujas, espalhadas pelos corredores de hospitais sucateados porque o dinheiro  da saúde se esvai pelo esgoto imundo da corrupção,  entenderá, ele,  algum dia, que por serem pobres e numerosos, qualquer do povo que morra à míngua por falta de atendimento médico é importante apenas  enquanto número frio para as estatísticas oficiais?  E que, quando se diz que saúde é garantia constitucional , quer-se, ao mesmo tempo, afirmar que o fato de ser direito assegurado em lei não significa, exatamente, que deva ser cumprido, pois existem leis e leis?

Por essas e outras, é que até hoje nenhum projeto sério foi apresentado para sanear as mazelas da saúde pública, como mudar as diretrizes curriculares das universidades de medicina, priorizando pessoas em vez de mercado e lucro, e, expandir as vagas pelos distantes rincões desse imenso país. Ao contrário disso, “Os Eles”, sempre conseguem aprovar propostas mirabolantes para área da saúde, em que se gastam somas vultosas de dinheiro e tudo permanece igualzinho ao que era, sem médicos, sem remédios, sem leitos, sem higiene, mas, com falsos administradores nomeados para receberem salários astronômicos devido a íntima ligação com os intocáveis senhores da “Res publica”.

ENTÃO, como se diz por aí: “Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente” Contudo, como dizia Albert Schweitzer, felicidade é nada mais que boa saúde e memória ruim. E, para arrematar, o que nos conforta é aquela sentença acolhedora escrita na entrada de alguns cemitérios pelo interior do Brasil: “Nós que aqui estamos, por vós esperamos”. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?


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