OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER
que é desarrazoado se opor a programas claramente eleitoreiros como o “Mais
Médicos”, pois são medidas inestimáveis
para fazer submergir do estado de coma
em que se encontra a saúde pública no Brasil. E que tal atitude é
própria daqueles que torcem pelo quanto pior melhor, já que não se conformam
com os extraordinários avanços ocorridos na última década em áreas prioritárias
como educação e saúde, É o caso da postura dos médicos estrangeiros , a exemplo
dos cubanos, que submetidos às más condições de trabalho e remuneração , ao
fugirem, denunciam o total descaso do
governo em relação à saúde, e, por isso, são criminalizados.
E,
a fim de manter a aparência do programa tão amplamente alardeado como
redentor das mazelas e do descaso da
saúde, o governo, a título de medida preventiva , como tem sido pontual em
bravatas e paliativos improfícuos, sinaliza, agora, com perseguição policial
àqueles que se ausentarem do trabalho por mais de 48 horas, transformando a
saúde pública em negócio de polícia, e os médicos cubanos, que só querem viver
nos padrões mínimos de conforto que a sociedade brasileira goza, são agora
taxados de bandidos dignos dessa perseguição, pretendendo, com isso, assegurar
tratamento melhor aos usuários do SUS.
Diante
disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se a ausência ao trabalho agora justifica
perseguição policial, então, talvez fosse mais eficiente à vigilância obrigar
logo os médicos cubanos a usarem tornozeleiras eletrônicas, deixando claro que
a distância entre médico e bandido é somente a nacionalidade”. Os humanistas de
plantão e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, sendo bem
mais relevante o cuidado com a saúde da população, relativizar o direito á
liberdade de alguns cubanos é menos prejudicial e atende a ponderação dos
princípios constitucionais, quando em rota de colisão.
E
quanto ao cidadão relegado ao descaso completo pelas autoridades , padecendo em
macas sujas, espalhadas pelos corredores de hospitais sucateados porque o
dinheiro da saúde se esvai pelo esgoto
imundo da corrupção, entenderá,
ele, algum dia, que por serem pobres e
numerosos, qualquer do povo que morra à míngua por falta de atendimento médico
é importante apenas enquanto número frio
para as estatísticas oficiais? E que,
quando se diz que saúde é garantia constitucional , quer-se, ao mesmo tempo,
afirmar que o fato de ser direito assegurado em lei não significa, exatamente,
que deva ser cumprido, pois existem leis e leis?
Por
essas e outras, é que até hoje nenhum projeto sério foi apresentado para sanear
as mazelas da saúde pública, como mudar as diretrizes curriculares das
universidades de medicina, priorizando pessoas em vez de mercado e lucro, e,
expandir as vagas pelos distantes rincões desse imenso país. Ao contrário
disso, “Os Eles”, sempre conseguem aprovar propostas mirabolantes para área da
saúde, em que se gastam somas vultosas de dinheiro e tudo permanece igualzinho
ao que era, sem médicos, sem remédios, sem leitos, sem higiene, mas, com falsos
administradores nomeados para receberem salários astronômicos devido a íntima
ligação com os intocáveis senhores da “Res publica”.
ENTÃO,
como se diz por aí: “Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade
doente” Contudo, como dizia Albert Schweitzer, felicidade é nada mais que boa
saúde e memória ruim. E, para arrematar, o que nos conforta é aquela sentença
acolhedora escrita na entrada de alguns cemitérios pelo interior do Brasil:
“Nós que aqui estamos, por vós esperamos”. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”.
E VOCÊ?
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