Errico Malatesta nasceu em
14 de dezembro de 1853, na pequena cidade de Santa Maria de Capua Vetere, na
província de Caserta. Seu pai, “um homem de ideias liberais”, segundo Luigi
Fabbri, era um rico proprietário de
terras.
Aos 14 anos de idade,
Malatesta inicia sua atividade política ao protestar contra uma injustiça
local, através de carta que envia ao rei Vittorio Emmanuele II, considerada por
Fabbri como “insolente e ameaçadora”. As autoridades levaram a sério e
ordenaram a prisão, em 25 de março de 1868. Seu pai conseguiu libertá-lo
recorrendo a amigos.
Dois anos mais tarde (1870),
segundo Angiolini, ele foi novamente preso em Nápoles, por liderar uma
manifestação e “suspenso” por um ano da Universidade de Nápoles, onde estudava Medicina.
Foi um dos militantes de grande destaque no movimento operário e no anarquismo.
Sua relevância no meio libertário e revolucionário não é resultado nem do culto
à sua personalidade nem de uma proeminência dada pela história oficial.
A militância de Malatesta é
fortemente marcada pela prática social coerente e dedicada e pela meditação
séria e exaustiva acerca da realidade na qual atuava o movimento operário em
fins do século XIX e início do século XX, em várias partes do mundo. Em seus escritos
destacam-se a clareza e a força na expressão das suas ideias, bem como uma
grande preocupação em se fazer entender mesmo por aqueles que têm pouca
instrução para ler um texto escrito.
Além disso, Malatesta é um
dos primeiros anarquistas a se preocupar mais seriamente com uma teorização
sistemática da prática social que os anarquistas e o movimento operário vinham
desenvolvendo desde meados do século XIX. Nesse ponto, sua contribuição à
questão social é fundamental.
OBS: É livre, e inclusive
incentivada, a reprodução desta brochura, para fins estritamente não
comerciais, desde que a fonte seja citada e esta nota incluída.
Extraído de Cadernos
Anarquistas. Leia mais em: http://www.resistencialibertaria.org
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