OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER
que as agências reguladoras, ANEEL,ANAC,ANA,ANATEL, são imprescindíveis para
assegurar a qualidade dos serviços públicos prestados pelas concessionárias no
Brasil. E que, em razão disto, é
compreensível o empenho eficaz da
ANATEL para reverter a decisão da Justiça Federal acabando com o prazo de
expiração dos créditos da telefonia celular pré-paga ou a autorização dada pela
ANAC para que as empresas de aviação majorassem abusivamente as passagens no
período da copa.
Enquanto
isso, na margem contrária desse rio de altruísmo invejável, está o consumidor
desses serviços, impotente diante das arbitrariedades perpetradas por essas
agências, cuja direção é entregue a pessoas indicadas pelas próprias
concessionárias. E tendo, inescapavelmente, que pagar tarifas injustas a fim
de garantir o lucro exorbitante dos
“Eles” sem ao menos ter como contrapartida um serviço minimamente decente.
Diante
disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se é atribuição precípua das agências
reguladoras defender o consumidor dos serviços, exigindo o cumprimento fiel da
lei, mas, ao contrário disso, as agências não exigem das empresas os
investimentos necessários para garantir a qualidade dos serviços, conforme
prescrito em seus códigos, então não há marco regulatório e sim a permissão
para lucrar com as irregularidades”. Os tecnocratas e outras pessoas letradas a
serviço dos “Eles” dirão que manter a saúde financeira destas empresas implica
na manutenção de emprego e renda para os trabalhadores brasileiros.
E
quanto ao consumidor, que religiosamente é obrigado a recarregar os créditos do
celular, apesar do mau serviço prestado pelas telefônicas, sob pena de
cancelamento da linha, punição esta chancelada pela ANATEL, entenderá, algum
dia, que “a Lei é dura, mas é a Lei”? E
que, quando se fala em aplicar as sanções legais, quer-se, ao mesmo tempo,
dizer que as penas impostas pelas infrações cometidas são sempre menos vultosas
que a quantia gasta com o cumprimento escorreito da Lei?
Por
essas e outras, é que o setor jurídico das empresas comemora lucro ano após
ano, uma vez que as condenações judiciais são irrisórias ante o custo exigido
para se investir em aperfeiçoamento dos serviços. Corroborando, desse modo, com
a tese de “total insignificância do cidadão perante o Estado”, abertamente
defendida pelos “Os Eles”.
ENTÃO,
como se diz por aí: “as fortunas acumuladas no Brasil são frutos da usurpação
do erário público, devido às eternas capitanias hereditárias que são as
instituições no país ou, ainda, resultantes de ilegalidades largamente
impetradas por particulares acima de qualquer suspeita e, por isso, acima da
Lei”. EU
É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?
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