domingo, 3 de novembro de 2013

E APOIS! - PRÉ-SAL: O PETRÓLEO DO FUTURO É MESMO NOSSO?



OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER que a descoberta da camada Pré-sal, dado o volume incalculável de petróleo ali existente, segundo afirmações eufóricas do governo, é marco histórico e suficiente para a redenção da miséria no Brasil. Ainda mais, porque todo faturamento com a expressiva produção deverá ser direcionada ao financiamento da saúde e da educação, conforme decisão consensual dos nossos bem intencionados parlamentares. Resta-nos, portanto, o acalento de que o tão propalado país do futuro se concretize nas próximas duas décadas, quando a produção petrolífera nacional alcançará seu apogeu. 

Entretanto, o que parece estranho é o desinteresse das grandes multinacionais como Shell, Chevron, dentre as consideradas empresas de ponta no setor de exploração de petróleo em águas profundas, em arrematar lotes nos leilões oficiais. É o caso do leilão do Campo de Libra, reserva apontada pelos especialistas do governo como a bacia com potencial para produzir mais barril de petróleo do que já fora produzido nos sessenta anos de existência da Petrobras. Alavancando, de acordo com as previsões otimistas do governo, o Brasil para o quarto lugar no ranking dos produtores do “ouro negro”. E, desse modo, reforçando em nós a esperança de que o Brasil é mesmo o país do futuro.

Diante disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se há quinhentos anos nos é dito que o Brasil é o país do futuro, e esse futuro nunca chega, então está hora de lutarmos pelo Brasil de hoje, para que este tenha futuro”. Os sociólogos e outras pessoas letradas a serviço dos “Eles” dirão que, pela atual conjuntura econômica e social do país, em que o assistencialismo e o clientelismo eleitoreiros têm sido suplantados pelas políticas afirmativas oficiais, não tardará a sermos reconhecidos como civilizados.

E quanto ao contribuinte, que mesmo tendo o Brasil alcançado a suficiência na produção de petróleo, continua pagando o litro de gasolina mais cara do continente americano, entenderá algum dia que nem sempre as palavras expressam exatamente o que dizem, devido ao alto grau de polissemia da língua portuguesa?  E que, quando o discurso oficial fala em autossuficiência, quer, ao mesmo tempo, dizer que isto significa apenas uma meta traçada para minimizar os efeitos da escassez?

Por essas figuras de linguagem, fartamente utilizadas pela oratória, e a capacidade grandiloquente “Dos Eles” inventarem e reinventarem os discursos políticos é que o contribuinte vai sendo convencido de que precisa fazer sacrifício cada vez maior, suportando uma carga tributária predatória para assegurar o “status Quo” de uma classe parasitária e voraz que despreza o povo ao promover orgias com o erário público, refestelando-se na impunidade e na iniquidade.

ENTÃO, como se diz por aí, que “quando se diz alvo, pode se estar querendo dizer o inatingível”, talvez um dia no futuro se descubra que o Brasil, ao negligenciar o presente, esperando pelos dias vindouros de riquezas incontáveis soterradas na camada Pré-sal, tenha condenado seu passado ao esquecimento, e, por isso, não haja mais um por vir. EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”. E VOCÊ?

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