Morreu neste domingo, aos 76 anos de idade, Rubin
"Hurricane" Carter, ex-boxeador norte-americano cuja injusta
condenação à prisão, sob acusação de assassinato, se converteu em um símbolo
internacional de injustiça racial.
Carter ficou 19 anos preso sob acusação de ter matado três
pessoas brancas em um bar de Petersen, no Estado de New Jersey, em 1966, em um
tempo de intensa segregação racial nos Estados Unidos. Foi declarado culpado ao
lado do amigo Artis em 1967 e depois em um novo julgamento em 1976.
Em junho de 1966, três pessoas de cor branca foram baleadas
por dois homens negros no "Lafayette Bar and Grill", em Paterson, e
Carter e Artis foram declarados culpados por um júri branco em grande parte por
causa do testemunho dado por dois ladrões, que anos mais tarde, em 1974, depois
retificaram seus depoimentos e se retrataram. Porém, dois anos depois,
Hurricane foi preso novamente após novo julgamento, após uma testemunha
acusá-lo novamente de assassinato.
As condenações por homicídio encerraram de forma abrupta a
carreira de Carter, que era famoso pela ferocidade dos seus golpes e acumulou
um cartel de 27 vitórias, sendo 17 delas por nocaute, além de 12 derrotas e um
empate. Em uma luta histórica, ele chegou derrotar Emile Griffith, detentor de
dois cinturões de campeão mundial, ao nocauteá-lo no primeiro assalto, em 1963.
Ele também lutou pelo título mundial peso médio em 1964, mas perdeu o combate
por decisão unânime para Joey Giardello.
Nenhum comentário:
Postar um comentário