OS “ELES” QUEREM NOS FAZER CRER
que a medicina curativa “Deles” é o único remédio. Entretanto, pouco se
importam com quem não tem recursos para custear esta prática privada e
mercenária. O curandeirismo de luxo! É o
caso do trabalhador que se vê obrigado a financiar o sistema público
ineficiente e a ganância dos planos de saúde. Recebendo, como contrapartida dos
mercadores da saúde, o mesmo tratamento deletério dos hospitais públicos. E
quando “Os Eles” cometem erros irreversíveis não são responsabilizados nem
pelos conselhos, nem pela justiça.
Diferentemente,
porém, dá-se com cidadão dito comum, que nem sequer conseguiria emprego se
tivesse seu nome negativado no SPC porque não teve dinheiro para pagar a
consulta, se algum bom médico, porventura, antecipasse a prestação do serviço
ao pagamento. Ou com os bons curandeiros quando se excedem na dosagem de sua
beberagem, criminalizados por exercício ilegal da medicina. Este preconceito se
dera a pouco tempo com a chegada ao Brasil dos médicos cubanos e sua medicina
preventiva, condenada pelos “Os Eles” de curandeirismo.
Diante
disso, ouvir de uma pessoa leiga: “Se a saúde é desses bens tidos por
inalienáveis, mas o sujeito morre à míngua se não tem dinheiro para pagar seu
tratamento, então não há mais dignidade humana”. Os Doutores e outras pessoas
letradas a serviço dos “Eles” dirão que é direito de qualquer profissional
cobrar pelos seus serviços, pois é o que mantém inabalável a economia do país.
E
quanto ao cidadão que assiste impotente ao sofrimento de um ente seu combalido
por moléstia já curável pela medicina capitalista, enquanto nos hospitais
públicos o dinheiro se esvai pelo esgoto da corrupção, entenderá algum dia que seu
direito à saúde, assegurado pela constituição não passa de mera expectativa? E
que quando se diz que todos têm direitos iguais perante a lei, quer-se,
todavia, ao mesmo tempo, afirmar que os direitos iguais de todos não são os
mesmos direitos dos iguais, porque a Lei não é igual perante todos?
Por
essas e outras, que mais me apraz a pajelança. E, entre uma beberagem e uma
reza contra quebranto eu vou me curando do mal olhado. E oxalá, os deuses da
boa saúde não se esqueçam de mim! Enquanto isso, “Os Eles”, tal qual abutres
vorazes, transformam, com sua medicina locupletadora, o direito sagrado à saúde
numa regalia de poucos, ao mercantilizar a dignidade humana. E, assim, demonstram
cabalmente o desprezo que nutrem pelo povo. Porque como bem disse um velho
jurista, impera no Brasil a total “insignificância do cidadão perante o
Estado”.
ENTÃO,
como se diz por aí que o melhor plano de saúde é não adoecer nunca, talvez
aprendamos com os médicos cubanos que podemos ser saudáveis ainda que não
tenhamos dinheiro. E se fossem dinamarqueses os médicos convidados, será que
teriam a mesma recepção? EU É QUE NÃO ACREDITO MAIS NOS “ELES”.
E VOCÊ?
Nenhum comentário:
Postar um comentário