Diante de mim, no espelho,
Essa imagem irreconhecível.
Retrato incompreensível da
vida
Que o imperativo tempo
limitou ser.
Como sopros do acaso,
Um vestígio de curiosidade
Na vastidão de esquecimento
Denotando o estar sem ser
Na confluência dos desejos
Estanques na resistência à
entrega
Ao abismo convidativo... o infinito!
À probabilidade adormecida,
Ante a urgência do dia
interminável
Converge a pouca pressa em
sonhar
Enquanto a noite transcorre
tranquila.
Diante dos desejos,
O temor e a procura
descabida por realidade
Fazem de mim um só
Dentre incontáveis
possibilidades.
Adão Lima de Souza
Do Livro: A Vela na Demasia
de Vento.
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