Do cais, ao longe,
Avistam-se corsários rumo ao
horizonte
Levam alimento, agasalhos,
sonhos.
Precisamos manter o comércio
E a comunicação com outros
mundos.
Disseram-nos que havia
outros mundos
E que o mar era o caminho
E nos encheram de esperança
e medo.
Sonhamos com as pessoas que
esperam
Ansiosamente no outro
ancoradouro
E nos enviam mensagens
E aguardam respostas
Sob a aragem da noite
A lua desceu até a água
E ouvimos canções em outras
línguas.
Enquanto o coração acolhia o
outro
O infinito me pareceu
acessível
No vazio do pensamento.
Adão Lima de Souza
Do Livro: A Vela na
Demasia de Vento.
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