sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Poema de Lawrence Ferlinghetti

Tudo muda e nada muda.
Séculos findam
e tudo continua
como se nada findasse.
Como nuvens estáticas a meio-vôo
Como dirigíveis presos contra o vento.
E a urbana febre das feras do cotidiano
ainda domina as ruas. Mas ouço cantarem
ainda agora as vozes dos poetas
mescladas ao grito das prostitutas
na velha Manhantan
ou na Paris de Baudelaire,
chamados de pássaros ecoam
nas ruelas da história
renomeados.

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