sábado, 11 de novembro de 2017

ARTUR MODESTO: A luta em marcha


Não há cutelo que corte
Folhas à nova semente
Já que a acha do mais forte
Vai ruindo lentamente.
Soam os gritos de guerra
Do servo, branco ou preto,
Que bradam por toda a terra
O seu direito de veto.
O povo trabalhador
Não aceita a opressão
Marcha contra o opressor
Aos gritos de revolução.
A mulher escravizada
No mesmo pé de igualdade
Ergue na santa cruzada
O pendão da liberdade
Cavaleiros do futuro
Em destemidos corcéis
Vão desbravando o monturo
Desses destinos cruéis.
Destruir p’ra construir
É sua nobre missão
Como forças do porvir
Na guerra da redenção.
O estado e as camarilhas
Hão-de rolar pela terra
À luz de novas cartilhas
A razão da nossa guerra.
Pão, justiça, igualdade!
Jamais a lei do mais forte!
Pelo sol da liberdade
Contra o reinado da morte!

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